terça-feira, 14 de janeiro de 2014

PESSOA SIMPÁTICA

PESSOA SIMPÁTICA
Talvez não exista nenhuma palavra que soe tão agradavelmente quanto “simpatia”. Pensando bem, a simpatia é muito mais importante do que imaginamos, pois tem muita relação não só com o destino do indivíduo, mas também com a sociedade. Se alguém se tornasse simpático graças ao relacionamento com uma pessoa simpática e isso fosse se propagando continuamente, é óbvio que a sociedade se tornaria bastante agradável. Por conseguinte, diminuiriam os problemas, principalmente o conflito e o crime; espiritualmente, criar-se-ia o Paraíso. Não existe meio melhor do que esse, pois não requer dinheiro, não é trabalhoso e pode ser posto em prática imediatamente.
Falando, parece muito simples, mas todos sabem que, na realidade, não é fácil assim, pois não basta que a simpatia seja apenas aparente. A verdadeira simpatia aflora do interior; é indispensável, portanto, que a pessoa seja sincera de coração, o que depende de cada um. Em suma, a base da simpatia é o espírito de amor ao próximo.
Vou contar um pouco da minha experiência a esse respeito.
É engraçado eu mesmo falar destas coisas, mas desde pequeno, onde quer que eu fosse, quase nunca era malquisto ou antipatizado. Pelo contrário, era respeitado e amado na maioria das vezes. Então, pensando bem, concluí que tenho uma característica que me parece ser o motivo disso: sempre deixo meus próprios interesses e minha própria satisfação em segundo plano; procuro fazer, em primeiro lugar, aquilo que satisfaz aos outros, aquilo que os deixa felizes. Ajo assim não por razões morais ou religiosas, mas naturalmente. Talvez seja da minha própria natureza. Em outras palavras, é até uma espécie de “hobby” para mim.  Por essa razão, muitos dizem que tenho uma natureza privilegiada, e é possível que tenha mesmo (...)
Como essa minha característica também foi de muita ajuda para a construção do protótipo do Paraíso Terrestre e do Museu de Belas-Artes, creio que ela me tenha sido atribuída por Deus. Quando vejo uma magnífica obra de arte ou uma paisagem maravilhosa, não sinto vontade de apreciá-las sozinho e até fico melindrado; nasce em mim o desejo de mostrá-las. Dessa forma, minha maior satisfação é alegrar ao próximo, o que me faz ficar alegre também.

Meishu-Sama, em 21 de abril de 1954. Extraído do livro “Alicerce do Paraíso” vol. 4(trechos)

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